“...para os que tem um conhecimento mais superficial sobre os cultos Afros, é necessário mais atenção em alguns aspectos. Por exemplo: quando se falar em Omolu, a primeira coisa que temos que ter em foco é nos detalhes mais pequenos. Omolu, quando escrito assim se refere ao Orixá conhecido como Obaluaiê na Umbanda e no Candomblé ou Xapanã no Batuque de Nação, tendo diferença quando se escreve Omúlu, que quando escrito assim se refere à entidade que se apresenta como Exu na linha mais à esquerda...”
O Velho, como é carinhosamente chamado nos terreiro é considerado um Orixá de grande poder e muito reverenciado por isso, ele é o senhor vida e da morte, o guardião do cemitério, aquele que encaminha as almas para o devido lugar. Mas é atribuído a ele também, as questões relacionadas a saúde, quando alguém não tem boa saúde se faz uma obrigação para o Velho Obaluaiê para que essa pessoa tenha seu pronto reestabelecimento. Como é louvado em uma das suas rezas: “...com pipoca e dendê ele curou muita gente...”.
Obaluaiê é o líder principal da linha das almas, os Pretos Velhos trabalham na linda dele, assim como vários Exus de alma seguem o mesmo sentido. Seu ponto de energização é a calunga pequena, quando entramos num cemitério precisamos saber reverenciar o dono daquele espaço, pedindo permissão para depois entrar, aos não iniciados não há uma cobrança maior, no entanto, aos filhos de terreiro é preciso ter atenção porque não se pisa em solo sagrado sem antes pedir permissão ao dono. Atotô ajuberô, sarava meu velho!
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