É preciso observar a imposição das mãos sobre partes do corpo, ou passando sobre este, sem tocá-lo, para curar, abençoar, benzer, ou simplesmente, acalmar, é ato cuja origem se perde na história da humanidade, desde os seus primórdios. Presente em todas as culturas ancestrais, nasceu da necessidade de socorrer e aliviar dores, e vincula-se, primordialmente, à crença intuitiva dos ancestrais mais antigos da humanidade na interatividade de energias entre os seres vivos.
Está registrado na História que os sacerdotes dos templos dos deuses, no antigo Egito, já eram iniciados nos segredos das experimentações magnéticas; na Grécia antiga, elas integravam as práticas hipnóticas, praticadas também pelos Meda, uma civilização que habitou a atual região do Irã; os Caldeus, uma civilização conhecida como Segundo Império Babilônico, onde hoje é o Iraque; pelos Brâmanes, membros da casta sacerdotal hindu (Índia). Estão presentes no xamanismo dos povos originais de todos os continentes.
O antigo cristianismo difundia com as práticas “magnéticas”, principalmente pelas mãos do Cristo, quando fazia curas na peregrinação evangélica pela Palestina. Há inúmeros exemplos relatados no Novo Testamento. Paradoxalmente, apenas 500 anos depois da morte de Jesus Cristo, o magnetismo foi reprimido violentamente num dos mais vergonhosos capítulos da civilização humana, a Idade Média, que durou mil anos, do século V ao XV.
Há fatos relativos ao magnetismo foram cercados de mistério, restrito seu debate e prática ao círculo sacerdotal autorizado pelo poder inquisitorial e ‘divino’ a que se arrogava a Igreja romana. Muito foram torturados e queimados por praticar imposição de mãos, ou benzer, além da queima em praça pública de mulheres, classificadas de bruxas pela prática milenar das técnicas curativas, com uso de plantas, cantos, pesquisadores, astrólogos, estudiosos de todas as áreas, enfim, quem quer que se contrapusesse aos dogmas ditados pela Igreja cristã de Roma.
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