O Ano Novo é um momento de grande significado para os praticantes da Umbanda, refletindo tradições que vão além da simples celebração de um novo ciclo. Este período é marcado por rituais e práticas que visam a conexão espiritual, a renovação de esperanças e a busca por bênçãos para o ano que se inicia.
*Por Mãe Gardênia d´Iansã
Se inicia um novo período carregado de significados para os umbandistas, podemos dizer que é a conexão direta com Oxalá, de fato central nesse contexto. Oxalá, considerado o pai de todos os orixás, simboliza a paz, a vida e a criação. Considerando um período para refletir, recarregar as energias para a continuidade.
Purificação e Renovação
O início é momento propício para rituais de purificação, onde se desfaz as energias negativas do ano anterior. Os banhos de ervas, especialmente os que envolvem elementos associados a Oxalá, são comuns para promover limpeza espiritual e abertura de caminhos. Essa prática ajuda a preparar o espírito para as novas oportunidades que o novo ano trará.
Reflexão e Intenção
Os umbandistas aproveitam essa época para refletir sobre suas ações e definir intenções para o novo ciclo. A conexão com Oxalá permite que os praticantes estabeleçam metas alinhadas com valores como amor, caridade, compaixão e justiça. Essa reflexão é fundamental para o crescimento espiritual e pessoal ao longo do ano.
Conexão com Iemanjá
Uma das figuras mais reverenciadas durante o Ano Novo é Iemanjá, a Rainha do Mar. Os praticantes costumam realizar oferendas, como flores e velas, lançando-as ao mar como forma de agradecimento e pedidos para o novo ano. Este ritual simboliza a entrega de desejos e a busca por proteção e prosperidade. A tradição de pular sete ondas também está presente, onde cada pulo representa um pedido ou agradecimento, reforçando a conexão com os orixás e suas energias.
Visto Branco
Usar roupas brancas durante as celebrações de Ano Novo tem raízes nas tradições afro-brasileiras, especialmente na Umbanda. O branco simboliza paz, harmonia e purificação, refletindo a intenção dos praticantes de começar o novo ano com boas energias e intenções positivas. Essa prática se popularizou ao longo do tempo, sendo adotada não apenas por devotos, mas também por pessoas de diferentes crenças que buscam atrair boas vibrações.
Comunidade
As celebrações do Ano Novo na Umbanda são frequentemente comunitárias. Muitas vezes, o praticantes se reúnem nas praias ou em terreiros para compartilhar rituais e fortalecer laços espirituais. Essa união é essencial, pois a energia coletiva amplifica as intenções individuais, criando um ambiente propício para a manifestação de desejos e bênçãos.
Prosperidade
Além das oferendas e rituais, outros elementos como mesas farta de frutas e acendimento de incensos são comuns durante as celebrações. As frutas estão ligadas à abundância e à fertilidade, enquanto os incensos ajudam na purificação do ambiente, afastando energias negativas e atraindo boas vibrações para o novo ano.
Equilíbrio
Mesmo Iemanjá sendo uma figura central nas celebrações de Ano Novo, especialmente nas festividades à beira-mar, a conexão com Oxalá não deve ser esquecida. Enquanto Iemanjá representa a fertilidade e as águas que purificam, Oxalá traz a luz e a clareza necessárias para iniciar um novo ciclo. Assim, ambos os orixás desempenham papéis complementares nas celebrações.
Ano Novo é isso mesmo!
O Ano Novo na Umbanda é um momento rico em simbolismo e significados espirituais. A conexão com Oxalá é fundamental para os praticantes, pois ele representa não apenas a paz e a proteção, mas também a esperança de um novo começo. Ao celebrar essa data, os devotos se voltam para suas tradições, refletindo sobre o passado enquanto se preparam para as bênçãos que virão no futuro.
Para os praticantes da Umbanda, o Ano Novo é um período repleto de significados profundos. É uma oportunidade para celebrar a vida, honrar as divindades, refletir sobre o passado e renovar esperanças para o futuro. As tradições que envolvem Iemanjá e outros orixás são fundamentais para essa celebração, proporcionando uma conexão espiritual que transcende o simples ato de marcar o tempo.
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